“Que o teu afeto me afetou é fato/ Agora faça me um favor...” deixa eu te afetar também.
Você já parou para pensar como e quanto somos afetados pelas nossas crianças? .
O afeto e o crescer, duas palavras tão oportunas e necessárias. Não é fácil crescer e se desenvolver, se para nós adultos, já é difícil, imagina para uma criança que ainda está se entendendo nesse mundão? Crescer é angustiante em determinados momentos, é deixar para trás, descobrir novas sensações, coisas e emoções, e se ver diferente do que já foi um dia.
O trecho da poesia-música de Fernando Anitelli nos convida a afirmar que o afeto afeta e que isso é um fato. Completamos a frase com uma cutucada a todos nós, educadores.
Temos deixado as crianças nos afetarem, assim como afetamos o universo delas? .
Muitas das vezes a birra, o choro e até mesmo a manha, tem nos afetado muito mais que os sorrisos, carinhos e falas fofas, não é? Parecendo que somente isso nos atingem.
Nós adultos, conseguimos entender esse crescimento, mas a criança ainda não. E lidar com essas frustrações e mar de emoções é um processo lento, intenso e sentido. A forma de processar esse turbilhão de acontecimentos internos, é chorando.
Chorar é normal. Crianças choram e mais do que isso elas precisam chorar!
Assim como nós.
Se não chorassem, essa frustração e angústia, seriam estocadas dentro delas, em algum cantinho de sua personalidade e coração.
Por isso, é acolher e deixar o choro afetar-nos de afeto genuíno, para que as mudanças do crescimento natural em que as crianças passam sejam envolvidos em uma rede consciente de sentimentos e que a criança se sinta segura em se expor.
Permita que o choro venha e deságue em afetos mútuos. Porque se tem uma coisa que criança sabe dar e receber, é afeto.🌻
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